segunda-feira, 2 de agosto de 2010

AMPAROS










Somos nus...

temos vivas as entranhas,

temos o medo à flor da pele,

pelos poros saltam as coragens.



Somos nus...

fortificados pelos ventos bons,

fragilizados pelos atrevidos

maus fluídos.



Somos nus...

não escondemo-nos em máscaras frias,

não pretendemos a fuga,

temos o peito aberto às flechas.



Em cada abraço resgastamos

o mais íntimo e profano

dos amparos necessários.





JULENI ANDRADE





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