
domingo, 22 de agosto de 2010
PRÓPRIAS PALAVRAS
Penso
nas amarras da língua.
Meu pensar submerge
nas entranhas do falar.
Gestos mordem o pensar...
Olhares perturbam.
Páginas virão...
umas sem lógica, logicamente.
Penso, analiso,
reflito, concluo,
escolho sentenças,
agrupo palavras
dentro da cabeça.
Depois jorram algumas
Idéias,
chovem rascunhos
de próprio punho.
Com o tempo, nascem esquemas,
versos, prosas, notas...
JULENI ANDRADE
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
AMPAROS
Somos nus...
temos vivas as entranhas,
temos o medo à flor da pele,
pelos poros saltam as coragens.
Somos nus...
fortificados pelos ventos bons,
fragilizados pelos atrevidos
maus fluídos.
Somos nus...
não escondemo-nos em máscaras frias,
não pretendemos a fuga,
temos o peito aberto às flechas.
Em cada abraço resgastamos
o mais íntimo e profano
dos amparos necessários.
JULENI ANDRADE
A BELEZA DO POEMA
Verso, nascido de uma ausência,
faz-se presente forte.
E...
a dolorida permanência,
externando os sentires
de quem quase morre por amor...
sofre e chora em cada estrofe.
O ritmo pode ser
da melodiosa tentação
de enfrentar, com ou sem rimas,
a amargura do desamor.
De todos poemas,
o mais belo
não é o que escrevem com zelo.
Mas, sim os que chegam
ao leitor, em sua mente...
como parte integrante de seus íntimos
suspiros, delírios e pensares.
JULENI ANDRADE
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