sábado, 12 de dezembro de 2009

PALAVREANDO

Espremo palavras grandes em frascos de decisões...
Como as palavras pequenas antes de embebedar-me nas ilusões.
Com pronúncias suaves,rego minhas vontades... palavras variadas.
Durante meu passeio pelas horas ociosas,
cuspo as palavras feias
nas areias do deserto aqui de perto
_terreno impróprio às sementes que tenho_.
Algumas palavras são raras...
colocadas em altares enfeitados de palavras coloridas...
Muitas palavras ditas deveriam ser esquecidas,
poucas palavras são as que ficarão
dentro da memória rala...
Despejo palavras frias aos ouvidos indiferentes...
Não são tolas palavras a converter!
Mando um sol pra aquecer a língua,
aquela das palavras inocentes.
Descubro enigmas em meias palavras
e, saio pela tangente...
quando na palavra impera a flecha que há de me ferir.
Ao pé do ouvido querido
sopro palavras quentes... sorrindo contente.


JULENI ANDRADE

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